A Parceria

A união destes dois grupos tornou possível a concretização deste projeto.

 Grupo Teatral Parlendas – São Paulo 
(foto: Jussara Vicente)
O grupo começou em 2007, sem nenhuma forma de patrocínio ou sede própria. Os ensaios se dão em lugares improvisados: “sala do apartamento”, “quintal da vó”, “salão do prédio” e os espetáculos só foram possíveis graças aos tantos parceiros. Discussões, rompimentos, superações e conquistas… Foram várias formações com diferentes integrantes. Hoje, Elton Maioli, Éric D`Avila, Maria Gabriela D`Ambrozio, Marina Vecchione, Natália Siufi, Pedro Bacelar  e Fernando Mendonça são integrantes e atores-criadores e Marco Antonio de Lima é responsável pela parte gráfica.
Deleitar e instruir, duas funções do teatro épico, dois conceitos que norteiam a pesquisa do grupo. O teatro, não como entretenimento, deve ter uma função política e social, em que o espectador, a partir da experiência artística, desconfie da naturalidade das relações, se reconheça historicamente nelas, entenda sua autonomia e compreenda o seu meio social, podendo nele interferir de um modo crítico. A partir deste intuito, fez-se a opção por uma proposta mambembe e pela ocupação dos espaços públicos, o que possibilita acesso a maior número de pessoas. Estas escolhas pedem um artista generoso, sensível à escuta para uma interlocução constante com um espectador atuante que interfira e agregue no acontecimento teatral.
Foram várias formações, três criações: “Carolina, que menina! Só não sabia voar…”, “Chuá..Chuá…Isso é hora de brincar!?” e “Se eu fosse um marujo e soubesse remar…”.  Em 2009  o grupo recebeu o prêmio do Programa de Iniciativas Culturais da cidade de São Paulo – VAI, com o projeto: “Ladrilhando com Parlendas” , em 2010 foi contemplado pela Bolsa de Circulação Literária da FUNART, com a criação do projetos “Histórias de Retalhos” e em 2011 foi contemplado pelo Edital PROAC nº 01/2011 Concurso de apoio a projetos de produção de espetáculo inédito de teatro no Estado de São Paulo.

 Grupo Corpo de Rua – São Carlos  




(foto: Rafael Manfrini)
Com o objetivo de ocupar os espaços públicos da Cidade de São Carlos e se colocar em estado de troca de experiências com a comunidade, o Grupo Corpo de Rua iniciou suas atividades em 2009, em busca de conhecimento pelas técnicas de Teatro do Oprimido e Teatro Épico. O grupo ocupou-se em abordar
questões como o cotidiano do operário, a mulher e o machismo, o aborto, a prostituição e a acomodação da juventude.
Sua primeira intervenção artística, “Joãos e Marias”, aconteceu em 2009, em frente ao Mercado Municipal de São Carlos, com o apoio da Rádio UFSCar. Viu-se a necessidade de agrupar mais pessoas para o coletivo e o Grupo organizou uma oficina de Teatro do Oprimido na semana do FULEC, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a partir dessa oficina deu-se a intervenção: “Modifica”, que foi apresentada ao Encontro de Educadores da Universidade Federal de São Carlos,  ao Encontro de Grupos Teatrais – Teatro de Bolso – UFSCar, em 2009, no Festival de Apartamento, em 2010. Após essa apresentação e com o desejo de questionar e refletir  sobre questões sociais, três atores do Grupo (Alcidino Junior, Gabriela Meira e Maria Gabriela D’Ambrozio) elaboraram a Intervenção: “Ele ficou Grávido”, que questiona os direitos da mulher, transferindo as condições, contradições e conseqüências de gênero feminino para o corpo de um homem. Neste coletivo, Rafael Manfrini é fotógrafo e responsável pela comunicação do projeto “Juventude? Atitude!”.
O grupo propõe a idéia de um coletivo autônomo e horizontal, onde a produção acontece pela criação coletiva, em que os atores são proponentes e responsáveis pela discussão de conteúdos e abordagem das cenas.



(Foto: Rafael Manfrini)

Da experiência vivenciada por esses dois grupos, o projeto Juventude? Atitude! ganha força, expande e surge o Grupo Navegantes do Concreto, com Beatriz Lupinaci, Bruna Puntel, Jéssica Martins, Gabriela Meira, Marcela Lamorea, Miguel Angel Alcausa, Natália Zamboni.